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Por — Chicago (EUA)

O agronegócio americano começa a estimar os impactos da passagem do furacão Helene pelo sudeste dos Estados Unidos. Análise da federação American Farm Bureau mostra que as áreas que registraram a ação do fenômeno têm produção agropecuária anual de US$ 12,08 bilhões.

No momento, acredita-se que a produção avícola tenha sido a mais prejudicada. De acordo com a edição mais recente do Censo de Agricultura dos Estados Unidos, de 2022, usado como base para o levantamento da Farm Bureau, o furacão Helene alcançou áreas em que a produção em granjas de aves e ovos é de US$ 6,3 bilhões.

“Mais de 80% do valor da produção avícola se concentra nas cidades mais severamente afetadas (pelo furacão)”, disse Daniel Munch, economista da federação, em nota.

Os Estados da Geórgia e da Carolina do Norte, que juntos representam mais de um quarto do valor da oferta de frangos de corte dos EUA, estavam entre os locais do país mais atingidos pelo furacão. De acordo com informações da federação, o governador da Geórgia, Brian Kemp, anunciou que mais de 107 aviários foram danificados ou destruídos na região. Na Flórida, estima-se que cerca de 1 em cada 7 granjas de frangos de corte foram danificadas ou destruídas.

“Essas perdas não apenas reduzirão o fornecimento imediato de aves, mas também prejudicarão a capacidade de produção local por meses ou até anos”, alertou o economista.

Além disso, as inundações dos suprimentos de ração e água contaminados pelo furacão aumentam o risco de surtos de doenças nas aves sobreviventes.

Outros danos

O Helene também passou por regiões que produzem frutas, nozes, vegetais, gado, algodão, leite, milho, soja, trigo, tabaco e suínos. A área de frutas e nozes produz US$ 1,9 bilhão por ano.

A Flórida responde por 13% da produção de morango dos EUA. Muitas fazendas sofreram extensas inundações de campos que haviam sido preparados com canteiros elevados em plástico para que os morangos fossem plantados em duas semanas.

Na visão do economista, talvez ainda mais devastadora seja a perda de lavouras de nozes. "A destruição de árvores maduras, que pode levar até uma década para ser substituída, resultará em declínios de produção a longo prazo. Além disso, as inundações prolongadas da tempestade saturaram o solo, aumentando o risco de podridão das raízes e outras doenças fúngicas", disse Munch.

A American Farm Bureau também destacou que a produção de hortaliças na região afetada é de US$ 1,1 bilhão por ano. Chuvas excessivas e inundações criaram condições para o desenvolvimento de doenças bacterianas e fúngicas.

A pecuária bovina e a produção de leiteira também são grandes indústrias na região afetada pelo furacão, com quase US$ 1 bilhão em produção de gado e US$ 500 milhões em laticínios. As inundações destruíram quantidades significativas de pastagens e muitas fazendas perderam quilômetros de cercas, permitindo que o gado de corte e leite sobrevivente se espalhasse.

"Isso aumentará o custo da recuperação, pois os produtores precisarão reparar a infraestrutura e, em alguns casos, localizar e realocar os animais", acrescentou o economista.

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