A manga é uma das frutas tropicais mais consumidas no mundo graças ao sabor, aroma, versatilidade na alimentação e benefícios à saúde que oferece. No Brasil, os tipos de manga mais comercializados são Espada, Haden, Keitt, Kent, Palmer, Rosa e Tommy Atkins. Conheça cada uma delas!
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Conforme a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Espada e a Rosa são bem conhecidas e procuradas por quem busca o sabor original da manga, enquanto Palmer e Tommy são mais comercializadas e também mais baratas que as demais.
Conheça abaixo as variedades:
Espada
A manga considerada uma cultivar do Brasil produz duas vezes por ano frutos de 250 a 300 gramas, polpa amarelada, formato oval e casca lisa, espessa e com tons amarelados e esverdeados mesmo quando está madura.
Pela grande quantidade de fibras (ou fiapos), é mais indicada para o consumo in natura ou em conservas e geleias e deve ser evitada no preparo de sucos, smoothies e vitaminas em razão dessa característica.
- Colheita para exportação: produz intensamente no verão.
Haden
Desde 1910 no mercado comercial, quando surgiu nos Estados Unidos, a variedade possui frutos mais vulneráveis e de rápida deterioração por causa do transporte e manuseio após a colheita, fato que prejudica e compromete a venda para o exterior.
No Brasil, pomares localizados no Oeste de São Paulo se destacam pela produção de frutos grandes e de até 700 gramas, avermelhados, polpa consistente e fibras em quantidade moderada.
- Colheita para exportação: outubro e novembro.
Keitt
Considerada uma “irmã” da variedade Haden, a Keitt também é americana. Ela tem frutos grandes com mais de 700 gramas, casca nas cores verde e amarela durante o crescimento e manchas ou traços vermelhos quando o processo de amadurecimento fica completo.
Uma curiosidade é a pouca quantidade de fibras. No entanto, aqueles presentes se concentram ao redor da semente e não na polpa, o que agrada os consumidores. No Vale do São Francisco, a área cultivada chega a 20% junto com a variedade Kent.
- Colheita para exportação: fevereiro.
Kent
Desenvolvida na Flórida em 1944, apresenta frutos grandes e que pesam, geralmente, 1 quilo, sendo o maior entre os tipos comerciais. Eles também são aromáticos, sem fibras e de polpa alaranjada. No crescimento, a cor da casca varia entre o verde e tons avermelhados.
A manga ocupa uma área de 20% no Vale do São Francisco junto com a variedade Keitt e teve a demanda aumentada em determinados mercados, o que expandiu a produção.
- Colheita para exportação: fevereiro.
Palmer
A variedade americana é a mais consumida e também a mais produzida no território brasileiro, de acordo com Francisco Pinheiro Neto, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido). No Vale do São Francisco, pelo menos metade das mangueiras são Palmer. O cultivo também é expressivo na Bahia, São Paulo e Minas Gerais.
A manga apresenta frutos grandes que podem alcançar 900 gramas, aromáticos, compridos, firmes e quase sem fibras. Durante o processo de amadurecimento, a casca fica esverdeada e roxa, passando para o vermelho no ponto de consumo.
- Colheita para exportação: dezembro e janeiro.
Rosa
Como o próprio nome indica, os frutos apresentam casca rosa e pesam de 300 a 350 gramas. A parte externa também é lisa e espessa, enquanto a polpa se caracteriza pelo tom amarelado. Assim como a variedade Espada, é uma cultivar brasileira, tem a copa da árvore arredondada e crescimento lento.
Em razão da polpa ser muito suculenta e menos fibrosa, vira opção, geralmente, para o consumo in natura e na preparação de sucos.
- Colheita para exportação: produz intensamente no verão.
Tommy Atkins
A variedade de manga americana surgiu na Flórida em 1920 e apresenta as seguintes características: frutos com 500 gramas, coloração da casca avermelhada ou púrpura quando está apta para o consumo, polpa consistente, firme e suculenta e teor de fibras médio.
Atualmente, a produção da Tommy Atkins ocupa 30% dos pomares de mangueira do Vale do São Francisco. Sendo que, no passado, o número chegou a 85%, segundo o especialista ouvido pela Globo Rural.
- Colheita para exportação: outubro e novembro.