Gabriel Passetti
Gabriel Passetti has researched native peoples resistances against land occupation (19th century). Nowadays researches border conflicts and International Relations History in Latin America. Is the coordinator of LAHPIS (South American International Politics History Laboratory) at UFF. www.lahpis.uff.br / gabrielpassetti@id.uff.br
less
InterestsView All (18)
Uploads
Papers
El Año Dual Brasil-México emerge como un hito en esta trayectoria de 190 años de relaciones diplomáticas, económicas y culturales, traduciéndose como un esfuerzo por ampliar el mutuo (re)conocimiento, el intercambio y la circulación de personas, productos e ideas entre ambos países.
El análisis sobre el más fuerte de los cacicazgos de los pampas intentó verificar como aquellos indígenas se insertaron en la política criolla, como los dispositivos lingüísticos y de poder del Estado fueron recibidos y utilizados en los movimientos por autonomía y defensa de sus soberanías.
En áreas de mestizaje e intensa circulación de personas y productos, también el lenguaje político y los conceptos estaban en las tolderías indígenas, así como en las ciudades y los fuertes. Desde el análisis de las recurrencias y usos de esos por los caciques a través de las décadas, relacionándolos con los hechos de la política indígena y de la política de los indígenas, intentamos verificar como estas estrategias lingüísticas ayudan a entender el rol político de los caciques y sus estrategias de resistencia y acción.
Em diferentes momentos de seu discurso, ele se remeteu a um passado idealizado ao afirmar que sua meta será fazer do país de novo uma potência mundial. Com este objetivo, seria preciso “retomar o caminho que nunca deveríamos ter perdido” e, em suas palavras, para tal, “não vamos inventar nada, vamos fazer as coisas que a história demonstrou que funcionam. Vamos fazer o mesmo que fizemos no século XIX no nosso país”.
Os usos do passado pelos políticos sempre ocorreram. Na Argentina, este é um tema recorrente e a memória, inclusive a do século XIX, está em constante disputa e sob revisionismos a partir de todos os campos do espectro político. O que propomos a seguir é uma análise de qual leitura sobre aquele período aparece no discurso do presidente eleito e quais mensagens ele passou ao público argentino que podem não ter ficado claras a estrangeiros.
O objetivo deste capítulo é situar os debates e as propostas do presidente dos EUA, James Monroe, e do presidente da Grã-Colômbia, Simón Bolívar, naquele período, suas conexões e repercussões futuras. A partir da análise daquelas duas figuras, são debatidos os conceitos e princípios daquelas propostas, seus impactos na época e na conformação de interpretações sobre as relações interamericanas, os Estados Unidos e a América Latina.
Este texto tem como foco demonstrar como aqueles dois Estados ocuparam e dividiram uma região com intensa identidade indígena e como aqueles povos foram protagonistas de suas histórias. Ao longo da segunda metade do século XIX, grandes cacicados se formaram no que costumamos chamar de pampas, Patagônia e Araucania, estabeleceram tensas e intensas relações com os Estados, conheceram e participaram da política e lutaram por suas autonomias e sobrevivências.
Diferentes fatores têm contribuído para a renovação e a produção de novas leituras sobre a contenda. Sem dúvida, a disponibilidade de outras ferramentas teórico-metodológicas, surgidas nas últimas décadas, tem enriquecido com novos olhares as análises sobre o passado. Assim, foram deixados para trás os relatos engessados das histórias política e militar de outrora, em que o tom era colocado na ação dos “grandes homens” e na somatória de batalhas, sem dar margem às microhistórias, à história social ou à história cultural. Agora, estas se fazem presentes de maneira definitiva e em um diálogo interdisciplinar com as outras áreas das ciências humanas, transcendendo as fronteiras nacionais para construir uma história regional. Por sua vez, as histórias política e militar foram as grandes beneficiadas de estas mudanças que, longe de perderem espaço nas narrativas sobre o passado, ganharam um fôlego inusitado.Essa renovação historiográfica é nítida nos artigos que integram este dossiê. Em grande medida, o estado das investigações atuais é fruto da redemocratização das últimas décadas na bacia do Prata –o que tem permitido a organização e abertura de novos repositórios documentais –e da profissionalização das ciências humanas que, durante os governos autoritários, tinham sido
amordaçadas. Os aportes das novas perspectivas de análise, bem como a incorporação de novos objetos e de novas fontes de investigação têm enriquecido o conhecimento sobre a guerra em si e sobre como ela se projetou nas respectivas histórias nacionais e nas relações internacionais entre os países que participaram no confronto.
Atentos interlocutores políticos, los indígenas utilizaron un amplio vocabulario político de origen Iberoamericano. Nuestro objetivo es examinar, siguiendo las propuestas de J. G. A. Pocock, cómo se apropiaron de discursos, utilizaron idiomas de otro origen, utilizaron el lenguaje de los criollos para revertir los significados de poder y sus efectos, apropiándose y utilizándolo como instrumento de fuerza política.
El análisis está centrado en la lectura de cartas ranqueles, investigando los efectos del acto de escribir políticamente, relacionándolos con las circunstancias del momento y el comportamiento de otros agentes que utilizaban este mismo lenguaje, sea militares, civiles y religiosos.
Conceptos típicos del vocabulario político occidental –en especial el Iberoamericano– y distantes de las culturas nativas, pasaron a permear las cartas, fueron empleados consciente y activamente como instrumento de lucha política, negociación, y resistencia frente a los violentos discursos y prácticas del Estado. “Gobierno” y “República”, utilizados por los ranqueles, explicitaban su comprensión y participación en la política, y también la lectura propia que hacían de las formas criollas de vivir, negociar y de organizarse.
Abstract The construction of a crisis: the uses of history by Argentinean intellectuals and the contest of treaties with Chile in the 1960s and 1970s In 1978, the military dictatorships of Argentina and Chile were close to war. The tension was around the control of three islands east from the Beagle Channel. Insatisfactions and polemics, on both sides, remained to treaties signed one century ago. The paper analyses the intellectual production and the uses of history on the two decades before the " Beagle Crisis ". It presents the construction of the points of conflict: the " Chilean expansionism " and the international arbitrament. It also presents how it was acepted and circulated between civil and the military envolved in the Cold War logics.
As relações sociais, políticas e econômicas entre indígenas e criollos no sul da Argentina foram marcadas, na segunda metade do século XIX, por aproximações e distanciamentos, acomodações e enfrentamentos, resistências e combates. Entre 1861 e 1872, deu-se o apogeu do poder
dos grandes cacicados nos pampas e na Patagônia. Senhores das terras, controladores de parte considerável do comércio e defensores de suas soberanias, sabiam quem eram seus interlocutores e estavam bem informados sobre seus dilemas, debates, interesses e estratégias. Durante e após a Guerra do Paraguai, alteraram suas formas de organização social e política para estabelecer novos patamares de resistência ao Estado: uniram forças e atacaram antes de serem atacados. Este artigo discute os dilemas daquela época e os interesses indígenas no apogeu de seu poder.
Palavras-chave: Argentina; resistências nativas; negociação e conflito.
ABSTRACT
In the second half of the nineteenth century, the social, politic and economic relationships between indigenous peoples and creoles in the south of Argentina were characterized by periods of closeness and estrangement, peace and conflict, resistance and combat. The zenith of
Chiefdom rule in the Pampas and Patagonia took place between 1861 and 1872. Owners of the land, they controlled much of the commerce of the area and defended their sovereignties. They knew who were their representatives and were well informed on their dilemmas, debates,
interests and strategies. During and after the Paraguayan War, they changed their social and political organization in order to establish new levels of resistance against the State: they joined forces and attacked before they were attacked. This paper discusses the dilemmas of that time and the interests of the native peoples of Argentina at the height of their power.
Keywords: Argentina; native resistance; negotiation and conflict.
El Año Dual Brasil-México emerge como un hito en esta trayectoria de 190 años de relaciones diplomáticas, económicas y culturales, traduciéndose como un esfuerzo por ampliar el mutuo (re)conocimiento, el intercambio y la circulación de personas, productos e ideas entre ambos países.
El análisis sobre el más fuerte de los cacicazgos de los pampas intentó verificar como aquellos indígenas se insertaron en la política criolla, como los dispositivos lingüísticos y de poder del Estado fueron recibidos y utilizados en los movimientos por autonomía y defensa de sus soberanías.
En áreas de mestizaje e intensa circulación de personas y productos, también el lenguaje político y los conceptos estaban en las tolderías indígenas, así como en las ciudades y los fuertes. Desde el análisis de las recurrencias y usos de esos por los caciques a través de las décadas, relacionándolos con los hechos de la política indígena y de la política de los indígenas, intentamos verificar como estas estrategias lingüísticas ayudan a entender el rol político de los caciques y sus estrategias de resistencia y acción.
Em diferentes momentos de seu discurso, ele se remeteu a um passado idealizado ao afirmar que sua meta será fazer do país de novo uma potência mundial. Com este objetivo, seria preciso “retomar o caminho que nunca deveríamos ter perdido” e, em suas palavras, para tal, “não vamos inventar nada, vamos fazer as coisas que a história demonstrou que funcionam. Vamos fazer o mesmo que fizemos no século XIX no nosso país”.
Os usos do passado pelos políticos sempre ocorreram. Na Argentina, este é um tema recorrente e a memória, inclusive a do século XIX, está em constante disputa e sob revisionismos a partir de todos os campos do espectro político. O que propomos a seguir é uma análise de qual leitura sobre aquele período aparece no discurso do presidente eleito e quais mensagens ele passou ao público argentino que podem não ter ficado claras a estrangeiros.
O objetivo deste capítulo é situar os debates e as propostas do presidente dos EUA, James Monroe, e do presidente da Grã-Colômbia, Simón Bolívar, naquele período, suas conexões e repercussões futuras. A partir da análise daquelas duas figuras, são debatidos os conceitos e princípios daquelas propostas, seus impactos na época e na conformação de interpretações sobre as relações interamericanas, os Estados Unidos e a América Latina.
Este texto tem como foco demonstrar como aqueles dois Estados ocuparam e dividiram uma região com intensa identidade indígena e como aqueles povos foram protagonistas de suas histórias. Ao longo da segunda metade do século XIX, grandes cacicados se formaram no que costumamos chamar de pampas, Patagônia e Araucania, estabeleceram tensas e intensas relações com os Estados, conheceram e participaram da política e lutaram por suas autonomias e sobrevivências.
Diferentes fatores têm contribuído para a renovação e a produção de novas leituras sobre a contenda. Sem dúvida, a disponibilidade de outras ferramentas teórico-metodológicas, surgidas nas últimas décadas, tem enriquecido com novos olhares as análises sobre o passado. Assim, foram deixados para trás os relatos engessados das histórias política e militar de outrora, em que o tom era colocado na ação dos “grandes homens” e na somatória de batalhas, sem dar margem às microhistórias, à história social ou à história cultural. Agora, estas se fazem presentes de maneira definitiva e em um diálogo interdisciplinar com as outras áreas das ciências humanas, transcendendo as fronteiras nacionais para construir uma história regional. Por sua vez, as histórias política e militar foram as grandes beneficiadas de estas mudanças que, longe de perderem espaço nas narrativas sobre o passado, ganharam um fôlego inusitado.Essa renovação historiográfica é nítida nos artigos que integram este dossiê. Em grande medida, o estado das investigações atuais é fruto da redemocratização das últimas décadas na bacia do Prata –o que tem permitido a organização e abertura de novos repositórios documentais –e da profissionalização das ciências humanas que, durante os governos autoritários, tinham sido
amordaçadas. Os aportes das novas perspectivas de análise, bem como a incorporação de novos objetos e de novas fontes de investigação têm enriquecido o conhecimento sobre a guerra em si e sobre como ela se projetou nas respectivas histórias nacionais e nas relações internacionais entre os países que participaram no confronto.
Atentos interlocutores políticos, los indígenas utilizaron un amplio vocabulario político de origen Iberoamericano. Nuestro objetivo es examinar, siguiendo las propuestas de J. G. A. Pocock, cómo se apropiaron de discursos, utilizaron idiomas de otro origen, utilizaron el lenguaje de los criollos para revertir los significados de poder y sus efectos, apropiándose y utilizándolo como instrumento de fuerza política.
El análisis está centrado en la lectura de cartas ranqueles, investigando los efectos del acto de escribir políticamente, relacionándolos con las circunstancias del momento y el comportamiento de otros agentes que utilizaban este mismo lenguaje, sea militares, civiles y religiosos.
Conceptos típicos del vocabulario político occidental –en especial el Iberoamericano– y distantes de las culturas nativas, pasaron a permear las cartas, fueron empleados consciente y activamente como instrumento de lucha política, negociación, y resistencia frente a los violentos discursos y prácticas del Estado. “Gobierno” y “República”, utilizados por los ranqueles, explicitaban su comprensión y participación en la política, y también la lectura propia que hacían de las formas criollas de vivir, negociar y de organizarse.
Abstract The construction of a crisis: the uses of history by Argentinean intellectuals and the contest of treaties with Chile in the 1960s and 1970s In 1978, the military dictatorships of Argentina and Chile were close to war. The tension was around the control of three islands east from the Beagle Channel. Insatisfactions and polemics, on both sides, remained to treaties signed one century ago. The paper analyses the intellectual production and the uses of history on the two decades before the " Beagle Crisis ". It presents the construction of the points of conflict: the " Chilean expansionism " and the international arbitrament. It also presents how it was acepted and circulated between civil and the military envolved in the Cold War logics.
As relações sociais, políticas e econômicas entre indígenas e criollos no sul da Argentina foram marcadas, na segunda metade do século XIX, por aproximações e distanciamentos, acomodações e enfrentamentos, resistências e combates. Entre 1861 e 1872, deu-se o apogeu do poder
dos grandes cacicados nos pampas e na Patagônia. Senhores das terras, controladores de parte considerável do comércio e defensores de suas soberanias, sabiam quem eram seus interlocutores e estavam bem informados sobre seus dilemas, debates, interesses e estratégias. Durante e após a Guerra do Paraguai, alteraram suas formas de organização social e política para estabelecer novos patamares de resistência ao Estado: uniram forças e atacaram antes de serem atacados. Este artigo discute os dilemas daquela época e os interesses indígenas no apogeu de seu poder.
Palavras-chave: Argentina; resistências nativas; negociação e conflito.
ABSTRACT
In the second half of the nineteenth century, the social, politic and economic relationships between indigenous peoples and creoles in the south of Argentina were characterized by periods of closeness and estrangement, peace and conflict, resistance and combat. The zenith of
Chiefdom rule in the Pampas and Patagonia took place between 1861 and 1872. Owners of the land, they controlled much of the commerce of the area and defended their sovereignties. They knew who were their representatives and were well informed on their dilemmas, debates,
interests and strategies. During and after the Paraguayan War, they changed their social and political organization in order to establish new levels of resistance against the State: they joined forces and attacked before they were attacked. This paper discusses the dilemmas of that time and the interests of the native peoples of Argentina at the height of their power.
Keywords: Argentina; native resistance; negotiation and conflict.
Prefácio
Apresentação
1. "A ação diplomática de Pedro de Souza Holstein no Congresso de Viena e as relações ibero-americanas", de Fernando Comiran (FURG)
2. "A atuação de José Agostinho Barbosa Júnior como cônsul e encarregado dos negócios estrangeiros do Império do Brasil nas Províncias Unidas do Rio da Prata (1829-1831)", de Luan Mendes de Medeiros Siqueira (UFRJ)
3. "O Visconde do Uruguai e a política para a América do Sul oitocentista", de Pedro Gustavo Aubert (FEUC)
4. "'O vulcão da anarquia': Miguel Calmon du Pin e Almeida, o Marquês de Abrantes, entre a América e a Europa", de Daniel Rei Coronato (Unisantos)
5. "Lamas e Paranhos: diplomacia, história e redes de sociabilidade no Brasil e no Rio da Prata em meados do século XIX", de Ana Paula Barcelos Ribeiro da Silva (UERJ)
6. "A Revolução Mitrista na Argentina de 1874: contradições entre neutralidade, ordem e estabilidade nos olhos imperiais do diplomata brasileiro Luiz Augusto de Pádua Fleury", de Gabriel Passetti (UFF)
7. "Entre jantares e gabinetes: Barão de Penedo e o gentlemanly capitalism, 1855-1889", de José Augusto Ribas Miranda (Universidad Austral de Chile)
8. "Conde Villeneuve: Um diplomata brasileiro entre a África e a Europa (1884-1885)", de Frederico Antonio Ferreira (Arquivo Histórico do Itamaraty)
9. "Rotas em colisão: a disputa pela fronteira entre Brasil e Argentina na foz do Iguaçu por meio da ótica dos agentes do Estado (1882-1905)", de Bruno Aranha (IFC)
Minibiografias
Com uma narrativa viva e original, o autor analisa o impacto da chegada à Argentina das ondas de índios araucanos que atravessavam os Andes vindos do Chile. A chamada araucanização em curso no século XIX contribuiu para transformar os índios da Argentina em exímios cavaleiros e guerreiros, que atacavam as cidades e povoados para saquear gado e raptar mulheres. Esses índios se organizaram em Confederações chefiadas por lendários caciques como Calfucurá, de Salinas Grandes, e Paghitruz Guor, Mariano Rosas em seu nome de batismo, autoridade Ranquel. Os caciques aprenderam a ler as disputas políticas entre os criollos liberais e federalistas, pressionando e negociando com as diferentes partes em busca de permissão para comercializar e de determinadas “vantagens da civilização”. Na fronteira entre a Argentina criolla e os territórios indígenas, produziram-se zonas de contato pouco valorizadas pela historiografia até recentemente.
Esta pesquisa prima por dialogar com novas abordagens interpretativas sobre as forças sociais que atuaram na formação do Estado argentino, obrigando as elites políticas a desenharem complexas estratégias de poder. Ao recuperar os tratados de paz e uma profusão de cartas trocadas entre os caciques e entre os caciques e lideranças criollas, Gabriel Passetti arrebata a consciência do leitor sobre a impossibilidade de pensarmos a história argentina como uma história feita por imigrantes que povoaram o “deserto”.
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=dRrnVuF95FI
Disponível no YouTube em https://www.youtube.com/watch?v=UdIM6m_Oz0s
Envíos hasta el 19/02/2024