Hidrografia de Mato Grosso
A Hidrografia do Mato Grosso é uma fonte inestimável de vida e riqueza para o estado e para o Brasil como um todo. Seus rios caudalosos, suas nascentes cristalinas e seus aquíferos subterrâneos são essenciais para a manutenção dos ecossistemas, a produção agrícola, a geração de energia e o abastecimento de água potável. Portanto, é crucial proteger e preservar esses recursos hídricos preciosos, garantindo um futuro sustentável para as gerações presentes e futuras.[1]
O Mato Grosso é um verdadeiro tesouro aquático, abrigando uma das maiores reservas de água doce do mundo. Conhecido como a "caixa-d'água do Brasil", este estado impressiona pela abundância de rios, aquíferos e nascentes que o permeiam. Destaca-se sua importância como principal divisor de águas e sua contribuição para as três bacias hidrográficas mais importantes do país.[2]
A Riqueza Hídrica do Mato Grosso
[editar | editar código-fonte]O Mato Grosso se destaca como um dos lugares com maior volume de água doce do planeta. Seus inúmeros rios, córregos e lagos formam uma verdadeira rede hidrográfica que abastece não apenas o estado, mas também regiões vizinhas e, por extensão, todo o Brasil.[3]
A Chapada dos Parecis, que ocupa a porção centro-norte do território mato-grossense, é o principal divisor de águas do estado. Ela desempenha um papel crucial na distribuição das águas para as três bacias hidrográficas mais importantes do Brasil: a Bacia Amazônica, a Bacia do Paraguai e a Bacia do Tocantins.[4]
Sub-Bacias: Unidades Geográficas Distintas
[editar | editar código-fonte]Os rios de Mato Grosso estão divididos nessas três grandes bacias hidrográficas, mas muitos deles possuem características únicas e uma ligação estreita com as regiões que atravessam. Como resultado, várias sub-bacias hidrográficas se formam, representando verdadeiras unidades geográficas distintas dentro do estado.[5]
As principais sub-bacias do Mato Grosso incluem o Guaporé, o Aripuanã, o Juruena-Arinos, o Teles Pires e o Xingu. Cada uma dessas sub-bacias possui sua própria rede de rios e afluentes, que desempenham papéis essenciais no ecossistema local e na vida das comunidades que deles dependem.[6][7]
Lagos e reservatórios
[editar | editar código-fonte]Embora o Mato Grosso seja conhecido principalmente por seus rios, córregos e nascentes, há também alguns lagos notáveis espalhados pelo estado.[8] Embora esses lagos possam não ser tão numerosos quanto os corpos d'água em outras regiões, eles desempenham um papel importante no ecossistema local e muitas vezes são pontos de referência para atividades recreativas e turísticas.[9] Aqui estão alguns dos principais lagos do Mato Grosso:
- Lago de Manso: Localizado no município de Chapada dos Guimarães, o Lago de Manso é formado pela barragem da Usina Hidrelétrica de Manso, no Rio Manso. É um destino popular para atividades náuticas, como passeios de barco, pesca esportiva e esportes aquáticos.
- Lago do Rio Verde: Situado próximo à cidade de Lucas do Rio Verde, este lago é formado pela represa do Rio Verde e é utilizado para fins de irrigação, pesca e recreação. É um local favorito para pescadores locais e visitantes em busca de tranquilidade à beira da água.
- Lagoa da Confusão: Embora não seja um lago natural, a Lagoa da Confusão é uma represa artificial no Rio Vermelho, na divisa entre o Mato Grosso e o Tocantins. Foi criada para controle de cheias e abastecimento de água, e hoje oferece oportunidades para pesca esportiva e turismo ecológico.
- Lago do Caverá: Localizado no município de Primavera do Leste, o Lago do Caverá é um ponto turístico conhecido na região. Oferece uma área de lazer com praias artificiais, quadras esportivas, quiosques e uma estrutura para atividades recreativas.
- Lagoa Azul: Situada nas proximidades da cidade de Juscimeira, a Lagoa Azul é um destino popular para turismo ecológico e de aventura. Rodeada por vegetação exuberante, oferece águas cristalinas ideais para banho e mergulho, além de trilhas para caminhadas na natureza.
Embora esses sejam alguns dos principais lagos do Mato Grosso, é importante notar que existem outros corpos d'água menores e lagos sazonais espalhados pelo estado, cada um com sua própria beleza e importância para o meio ambiente e para as comunidades locais.[10]
Contribuição para a Bacia Amazônica
[editar | editar código-fonte]A grande maioria dos rios mato-grossenses faz parte da Bacia Amazônica, responsável por drenar dois terços do território do estado. Esses rios, como o Rio Paraguai, o Rio Juruena, o Rio Teles Pires e o Rio Xingu, desempenham um papel fundamental no equilíbrio ecológico da região amazônica, além de serem fontes vitais de água para a fauna, a flora e as comunidades humanas locais.[11]
Referências
- ↑ «Plano de Recursos Hídricos da bacia do Alto Rio Cuiabá (PRH ALTO RIO CUIABÁ)». NIESA. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Embrapa, IBGE (23 de julho de 2018). «Mato Grosso é um dos lugares com maior volume de água doce no mundo». MT PREV. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Abreu, Marcio Costa; Paula, Thiago Luíz Feijó de (2020), Mapa hidrogeológico do estado do Mato Grosso, CPRM, consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ SILVINO, ALEXANDRA; Silveira, Alexandre; ALVES, EDNA; Andrade, Nara (2009). «Gestão dos Recursos Hídricos no Estado de Mato Grosso». Revista Brasileira de Recursos Hídricos (3): 69–80. ISSN 2318-0331. doi:10.21168/rbrh.v14n3.p69-80. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Rodrigues, Luciene Da Costa; Neves, Sandra Mara Alves da Silva; Da Silva, Marqueciane Benevides; De Paiva, Sophia Leitão Pastorello; Kreitlow, Jesã Pereira (28 de dezembro de 2021). «ANÁLISES DA TRANSFORMAÇÃO ANTRÓPICA E MORFOMÉTRICA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO PIRAPUTANGA, MATO GROSSO, BRASIL». Geo UERJ (39): e57306. ISSN 1981-9021. doi:10.12957/geouerj.2021.57306. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Ribeiro, Luciene; Soares, Ronaldo Viana; Bepller, Michele (março de 2012). «Mapeamento do risco de incêndios florestais no município de Novo Mundo, Mato Grosso, Brasil». CERNE (1): 117–126. ISSN 0104-7760. doi:10.1590/s0104-77602012000100014. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ ORLANDI, Marines; STADUTO, Jefferson A R; CHIOVETO, Arnaldo Taveira (2020). «DESENVOLVIMENTO RURAL DO "VAZIO": UM ESTUDO DO MATO GROSSO POR BIOMA». Editora Conhecimento Livre. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Sousa, Francisco Rodrigo Cunha de (27 de outubro de 2016). «Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do rio Tapuio (Ceará–Brasil)». Revista de Geociências do Nordeste: 555–564. ISSN 2447-3359. doi:10.21680/2447-3359.2016v2n0id10499. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Ramos, Alexander Webber Perlandim; Ruchkys, Úrsula de Azevedo; Xavier, Fernanda Vieira; Galvanin, Edinéia Aparecida dos Santos (16 de setembro de 2022). «INFLUÊNCIA DOS ASSENTAMENTOS NO DESFLORESTAMENTO DO MUNICÍPIO AMAZÔNICO DE CONFRESA-MATO GROSSO, BRASIL». Atena Editora: 202–214. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Leandro, Gustavo Roberto dos Santos; Machado, Andressa Damas; Machado, Claudete Silveira Damas; Araújo, Ronilson de (2017). «Tipologia de canais fluviais urbanizados na bacia hidrográfica do córrego Jaracatiá, Colider - Mato Grosso». INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS - UNICAMP: 6661–6673. Consultado em 14 de abril de 2024
- ↑ Müller, Angélica Oliveira; Gressler, Eliana; Franco, Andréia Aparecida; Silva, Ivone Vieira da (2017). «Floração e frutificação de Miconia nervosa em duas áreas florestais no norte de Mato Grosso, Brasil». Revista de Ciências Agroambientais (2): 205–217. ISSN 1677-6062. doi:10.5327/z1677-606220172060. Consultado em 14 de abril de 2024